sábado, 17 de novembro de 2007

That's entreteinment, baby!

O título deste post é uma expressão usada para casos onde o show têm que continuar, não importa o custo disso. De certa forma está relacionado ao assunto que vou comentar: a banalização da arte pelo negócio. É interessante (e nada animador...) perceber como, hoje em dia, tudo virou um grande negócio, e no meio artístico não é diferente. Vou comentar sobre as duas áreas que tenho um pouco mais de conhecimento, que são cinema e música. O cinema ainda nos trás boas obras, bons filmes e não está em uma situação tão crítica quanto à música.
Quem gosta de música, mas realmente gosta de música, aprecia boas letras e boas construções harmônicas, sabe que esta é uma arte que quase não eiste mais. De grandes bandas, grandes músicos que marcaram épocas, seja por suas visões políticas, humanitárias e/ou simplismtente líricas, esta arte se tornou um grande mercado. Programas como "American Idol" e "fama" são exemplos disto. São grupos e músicos formados já ingressos na mídia, já com o contato do público e com uma grande ação de marketing pra impulsionar suas carreiras, que na maior parte desses casos não passam de um álbum e um verão. O que se vê na música hoje são bandas pré-fabricadas, sem criatividade e que seguem uma receita de marketing e sucesso imposta pela mídia. Não se vê algo de novo surgir há muito tempo. As grandes bandas deste século e que serão lembradas no futuro foram criadas há mais de 10, 15 anos... e desde então nada ou muito pouca coisa boa apareceu.
De décadas efervescentes como as de 70 e 80, até mesmo o tecnismo excessivo do Rock e eletrônico do New Wave no início dos anos 90, não se vê nenhuma banda para se lembrar daqui a 10 anos, tudo o que se vê são modinhas que vêm e vão, fazem grande sucesso, a melhor música da última semana e somem para nunca mais aparecerem de volta na mídia. A busca por lucros, tanto por parte das gravadoras quento por parte de alguns artistas, são grandes responsáveis por isso. Não é difícil perceber qual tipo de música vai ser o hit deste ou de outro verão. Até porque quando surge algo diferente (seja bom ou ruim) a concorrência lança um clone uma semana depois, e mais clones surgem... fazendo uma maré de bandas iguais surgirem ao mesmo tempo, tocando em todas as rádios e enchendo o saco do ouvinte, então elas somem.
Tal qual a propaganda de Guaraná, o "ser" mais difícil que pode imaginar é ser original.
Enquanto isso não muda, eu continuo vendo um filme antigo de vez em quando, só para lembrar que já houve tempos em que a arte não era só um negócio.

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